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COVID-19: como a tecnologia se tornou um aliado no combate à epidemia

O CODVID-19 está lentamente a espalhar-se por todo o mundo. Com ele surgem inúmeras soluções que visam contextualizar, monitorizar e antecipar novos casos, de forma a conter esta ameaça evitando que chegue aqueles que são mais frágeis e poderão potencialmente se converter em vítimas mortais.

De acordo com um boletim da Organização Mundial da Saúde, o coronavírus tem neste momento cerca de 105 mil casos confirmados.  Atualmente já foram afetados 57 países, sendo que a maior concentração de infectados é na China. Segundo a OMS, a Coreia do Sul encontra-se em segundo lugar com mais de 7 mil casos. Perante este cenário o governo sul-coreano decidiu utilizar a tecnologia para tentar reverter a situação.

De acordo com as indicações, qualquer pessoa que tenha contato com portadores confirmados do vírus, deverá obrigatoriamente ficar em quarentena. Assim sendo, milhares de coreanos estão em casa para evitar que a doença se espalhe ainda mais. Mas como se mantêm a par das novidades, garantem o atendimento médico e avisam as autoridades?

De forma a não entupir as vias normais, o governo lançou na última sexta-feira uma aplicação para o efeito. Esta solução permite aos utilizadores em quarentena manterem-se em contacto com médicos e autoridades, relatando possíveis sintomas. Além disso, a aplicação utiliza o GPS para localizar as pessoas, garantindo que não saem de casa durante o período estabelecido. Este aplicação está a ser de momento testada em Gyeongsang do Norte, epicentro do surto no país e não é de uso obrigatório.

Nas próximas semanas, será expandido para o restante da Coreia do Sul. Além da aplicação, o país adotou também outros métodos para impedir o aumento dos caso da doença, como: monitorização das chamadas telefónicas, envio de equipas a casa dos potenciais infetados para recolha de amostras e testes.

Testes ao domicílio para qualquer pessoa

Em Seattle, nos Estados Unidos, também estão a ser criadas novas soluções de combate ao coronavírus. A cidade, que já registrou 70 casos confirmados, apresenta agora um projeto financiado pela fundação do Bill Gates que permitirá às pessoas fazer os testes em casa e enviar as amostras para análises com resultados disponíveis em 2 dias.

Os infectados serão notificados e deverão responder, numa plataforma online, a uma série de perguntas sobre os locais por onde passaram, os contactos que tiveram, facilitando assim a localização de outras pessoas potencialmente infectadas para que fiquem em quarentena.

Investimento em tecnologias em busca da cura e contenção da epidemia

Os testes em Seattle fazem parte de um investimento de 100 milhões de dólares anunciado pela Bill & Melinda Gates Foundation na luta contra o coronavírus. O valor está destinado a instituições americanas, autoridades de saúde pública em países da África Subsaariana e do Sudeste Asiático e para pesquisa de vacinas, tratamentos e ferramentas de diagnóstico.

Além da fundação do Bill Gates, outros grandes nomes da tecnologia uniram-se para combater o vírus. A chinesa Baidu estabeleceu um fundo de 300 milhões reservado à pesquisa e desenvolvimento da cura, enquanto a Meituan Dianping abriu um fundo de mais de 120 milhões para ajudar as equipas médicas das zonas mais afetadas pelo vírus.

Na China, a Alibaba também investiu em tecnologia para combater a epidemia. A empresa criou um algoritmo de inteligência artificial capaz de diagnosticar casos de coronavírus com 96% de assertividade. A solução foi treinada pela Academia Damo, um instituto de pesquisa da Alibaba, com dados de 5 mil casos confirmados de contaminação do vírus.

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