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O que é a Dark Web?

A internet mudou de forma drástica desde que se tornou acessível publicamente na década de 1990, e um dos desenvolvimentos mais controversos é o crescimento da chamada ‘Dark Web‘.

A Dark Web é, devido a reportagens dos media, muitas vezes associada a atividades online perigosas ou ilegais. No entanto, existem alguns aspectos positivos – como tudo online, os problemas não são causados pela tecnologia em si, mas sim, ​​pela maneira como as pessoas a usam.

Aqui está uma breve explicação sobre o que é a ‘Dark Web‘, como se pode aceder e quais são os riscos.

Imagem via Tecnoblog

Surface Web

Já todos certamente ouvimos a metáfora do iceberg: uma pequena parte pode ser vista por todos, enquanto mais da metade está escondida por baixo d’água. Com a internet, é praticamente a mesma coisa. A Surface Web – superfície, em português – é toda a parte da internet indexada, possibilitando que os canais de pesquisa como o Google, Bing, entre outros; encontrem o domínio, e todo o público tenha acesso livre às informações lá publicadas.

Os mais estudiosos sobre o tema afirmam que a Surface Web corresponde a apenas 4% de toda a informação existente na internet. Portanto, você que chegou até este artigo está neste momento a navegar nela.

Deep Web

A partir de agora, começamos a abordar o que está por baixo do que podemos ver. Muitas pessoas acham que na Deep Web só é possível encontrar informações perturbadoras e criminosas, sendo um antro de criminosos na internet. Existe? Sim. Mas não é totalmente assim.

Diferente da Surface Web, a Deep é composta por sites não indexados, portanto não é possível encontrá-los nos canais de pesquisa, como o Google. O que isso significa? Que as informações presentes lá só podem ser acessadas se realmente as desejar. Quem acede a esta parte da Deep Web, na maioria dos casos, utiliza redes criptografadas, que ocultam a sua identidade, como o Tor, o i2p e o FreeNet. Esses softwares funcionam como os mais famosos navegadores, mas com a diferença de que as informações de IP e dados do utilizador são escondidas por eles.

É importante dizer que a maioria das pessoas que acedem à Deep Web não se procuram envolver em situações ilegais, apenas não desejam ser encontradas. Lá, existem todos os tipos de informações, boas – muito boas – e más – péssimas, mesmo. Aí depende do utilizador saber o que quer e onde está a clicar.

Dark Web

Já a Dark Web, é considerada a parte oculta da World Wide Web (WWW).

A Dark Web utiliza sistemas complexos que possibilitam a anonimização do endereço IP de um utilizador, tornando muito difícil de descobrir quais os sites esse dispositivo visitou. Geralmente é acessado por meio de software dedicado, sendo que o mais conhecido é o Tor (The Onion Router). Na zona escura da internet, a criptografia é também extremamente complexa, permitindo que apenas utilizadores avançados – ou curiosos “sortudos” – consigam chegar até ela. A maioria dos seus domínios não fazem o menor sentido, sendo cheios de letras e números aleatórios.

Aí voltamos às redes ocultas: Tor; i2p e FreeNet. De acordo com algumas pesquisas, a maior delas é a Tor.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas usam o Tor todos os dias. O próprio Tor não é a Dark Web, mas sim uma maneira de navegar em ambas as vertentes sem que ninguém possa identificar o utilizador ou rastrear sua atividade.

Para que se utiliza

As três principais razões pelas quais um utilizador poderá querer utilizar a Dark Web são:

  1. Anonimização – ato de tornar a navegação completamente anónima
  2. Acesso a “Hidden Services” – um Hidden Service (também conhecido como ‘Onion Service’ – “serviço cebola”) é aquele em que não só o utilizador, mas também o próprio site, têm o seu anonimato protegido pelo Tor. Isso significa que o endereço IP do site não pode ser identificado, o que quer dizer que as informações sobre o host, a localização ou o conteúdo estão ocultas.
  3. Atividades Ilegais – frequentemente utilizada para levar a cabo atividades ilegais como a venda de armas e/ou estupefacientes.

Quem utiliza

Qualquer utilizador que queira um canal anónimo para navegar e comunicar, tal como: espiões, delatores, criminosos, jornalistas, curiosos, etc.

O exemplo público mais recente em Portugal, trata-se do caso de um jovem que tinha planeado e partilhado, na Dark Web, os seus planos de levar a cabo um massacre na Universidade de Lisboa. A Polícia Judiciária foi alertada pelo FBI, que revelou o endereço IP e o nickname que o jovem usava na Dark Web. O FBI informou ainda que o jovem era regular visitante de sites de grande violência e massacres. A PJ, com as informações fornecidas pelo FBI, conseguiu deter o indivíduo antes que este consumasse os seus planos.

Lembre-se, se decidir explorar a dark web, tome as precauções necessárias para se proteger. Não é difícil entrar conteúdo questionável, pelo que não deverá navegar a Dark Web sem se informar com antecedência. E, como sempre, certifique-se de usar as soluções personalizadas de cibersegurança da G3tech.

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