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Twitter bane milhares de contas QAnon

O Twitter está ativamente a banir milhares de contas associadas com QAnon, tomando desta forma atitudes drásticas e agressivas para limitar a distribuição de informação falsa e teorias da conspiração na sua plataforma.

A empresa já baniu 7,000 contas associadas com teorias da conspiração e bloqueou cerca de 150,000 de apareceram na página das recomendações, de acordo com a NBC News.

O Twitter diz ainda que as suas ações estão em linha com as suas políticas que visam barrar “comportamento com o potencial de causar danos offline” e que os alegados apoiantes das teorias da conspiração frequentemente participam em campanhas de assédio, quebrando outras regras da plataforma.


“Iremos banir permanentemente contas que Tweetem sobre tópicos que sabemos que estão em conflito com as nossas políticas multi-conta, coordenam abuso em torno de utilizadores e ou tentem escapar-se de uma anterior suspensão – algo que temos vindo a ver cada vez mais nas últimas semanas” declarou a empresa.


O Twitter diz ainda que irá tomar providencias de forma a limitar o alcance de conteúdo relacionado com o QAnon na sua plataforma. Irá bloquear contas e conteúdos associados a teorias da conspiração da atualidade e irá tomar passos extra de forma a garantir que este tipo de conteúdos não é destacado na sua plataforma quer seja nas recomendações, pesquisa ou conversas. O Twitter irá também limitar os utilizadores de partilharem URLs relacionados com QAnon, mas não divulgou que websites ou fóruns serão afetados.

A posição do Twitter revela-se assim muito mais agressiva do que a do Facebook em relação ao QAnon pois embora o Facebook tenha banido uma pequena secção das contas relacionadas por quebrar as suas regras, os proponentes das teorias da conspiração continuam bastante ativos nas suas plataformas: Facebook e Instagram. É ainda possível encontrar grupos ou páginas associadas a estas teorias nas suas recomendações.

Estes desenvolvimentos levantam a questão: A internet é livre, ou não?

Todos concordamos que informações falsas poderão ser prejudiciais  se divulgadas em massa mas, quem decide o que é verdadeiro? Quem faz fact-checking? Quem bane tem alguma filiação ou interesse por trás? A liberdade de expressão existe depois de concordarmos com os ToS de um serviço?

Fonte: Engadget.com

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