Handmaid's Tale uma distopía próxima?
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Handmaid’s Tale na vida real?

Se é utilizador da Nos Play, decerto já ouviu falar ou viu a capa da série Handmaid’s Tale – uma das séries mais premiadas dos últimos anos.

Este “conto” é baseado num romance do mesmo nome da autora Margaret Atwood e retrata um futuro distópico onde as taxas de fertilidade caem em todo o mundo por causa da poluição e de doenças sexualmente transmissíveis. Neste futuro ~longínquo~, um governo totalitário toma conta dos Estados Unidos através de uma guerra civil e tem como premissa um novo regime de poder no qual as mulheres são brutalmente subjugadas e são categorizadas com base na sua fertilidade. Nesta realidade, as mulheres férteis são submetidas a violações ritualizadas por parte dos cargos altos do país de forma a engravidarem para darem filhos aos mesmos e às suas esposas.

Mas e se agora lhe disséssemos que este futuro distópico pode não estar assim tão longínquo?

Na China, onde existem poucas mulheres, uma organização começou a construir uma base de dados para registar mais de 1.8 milhões de mulheres que conta com todo o tipo de detalhes como: números de telefone, moradas, educação, local de residência, número de identificação, estado civil e… “Pronta para reprodução”(BreedReady).

Quem encontrou e trouxe a atenção do público para esta bizarra base de dados foi o hacker Victor Gevers (@0xDUDE) que, numa série de tweets, expôs este caso macabro.

Mas a estranheza não acaba aqui, a mulher mais nova desta base de dados tem 15 anos sendo que a mulher mais nova com o estatuto de “Pronta para reprodução” tem 18 anos e a mais velha 32. Existem elementos mais velhos que já não contam com este estatuto. 89% das mulheres é solteira, 10% divorciada e 1% viúva.

Até ao momento foi impossível descobrir a quem pertence esta base de dados que Victor Gevers encontrou por acaso numa pesquisa a bases de dados abertas na China.

Mas porque é que é tão importante compreender quais as intenções por de trás de uma base de dados com este tipo de dados? Atualmente, a China tem em falta cerca de 60 milhões de mulheres, desequilibrando o rácio e distorcendo a sociedade pela falta de “noivas”. Esta falta de equilíbrio, que foi agravada pela politica chinesa do filho único, tem vindo a ter repercussões inimagináveis.

Será que a categorização das mulheres em idade fértil(BreedReady) e prontas a serem mães é iniciativa de uma agência do governo que planeia um futuro onde as mulheres em idade fértil terão obrigação de ser mães e veremos uma inversão da politica do filho único onde todas as mulheres serão obrigadas a serem mães e o obrigatório será ter mais do que 1 filho e de preferência do sexo feminino?

Após Victor Gevers expor o caso a base de dados tornou-se inacessível, mas a pergunta mantém-se: qual o verdadeiro intuito desta base de dados? A quem pertence? 

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